Mineradora Anglo American gasta R$ 370 milhões para retomar operação

A Anglo American desembolsou US$ 90 milhões (R$ 370 milhões) para retomar sua operação, travada por causa de dois vazamentos consecutivos no duto que leva o minério do local da extração, no interior do país, ao porto, no litoral.

Os acidentes aconteceram em março deste ano.

Para poder voltar a usar a estrutura de 529 quilômetros, a empresa fez uma inspeção pelo caminho que o minério percorre e se prepara para substituir canos ao longo de quatro quilômetros.

O Ibama concedeu licença para essa reforma no último dia 20. A troca de tubulação deve começar na próxima semana, segundo Ruben Fernandes, diretor-executivo da Anglo American no Brasil.

Em novembro, o duto voltará a ser usado. Enquanto o escoamento está comprometido, a companhia não extrai ferro de sua mina, que fica em Conceição do Mato Dentro (MG).

A empresa também paga para recuperar as áreas atingidas pelos vazamentos.

“O impacto total será de US$ 300 milhões (R$ 1,2 bilhão). Além dos US$ 90 milhões para recuperar a estrutura, colocamos empregados em férias coletivas, mas com cursos para eles, e há o custo do que deixamos de produzir.”

A produção deverá saltar mais de 50% no começo do ano que vem, afirma Fernandes. O Ibama deu licença para aumentar a infraestrutura da mina no começo de 2018.

Com isso, o duto que chega ao Porto do Açu (RJ) será usado na sua capacidade máxima pela primeira vez.

O projeto começou com o empresário Eike Batista. Ele o vendeu, em 2008, à Anglo American. A operação foi iniciada em 2014.

 

Bicho de estimação

A rede de pet shops Petz pretende investir ao menos R$ 150 milhões na abertura de 30 unidades no próximo ano.

“Vamos estrear no Nordeste em 2019. O primeiro ponto na região será em Salvador”, diz o presidente, Sergio Zimerman. A empresa opera hoje em nove estados.

Quatro dos estabelecimentos novos estavam planejados para este ano, mas tiveram demora no processo de licenciamento das obras.

“Enfrentamos burocracia inesperada em algumas cidades. Por isso, vamos gastar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões a menos que o previsto para 2018 [R$ 120 milhões]”.

A companhia terminará este ano com 17 lojas novas, mesmo ritmo de crescimento de 2017.

A inauguração mais recente foi neste mês, na avenida Ricardo Jafet, zona sul de São Paulo, e demandou R$ 16 milhões. É a maior operação da rede.

“Se mantivermos o ritmo dos negócios, vamos crescer 27% em receita neste ano, cinco pontos a menos que a previsão inicial, mas ainda assim um bom número. O tíquete médio teve uma oscilação positiva de 2% em 2018.”

R$ 725 milhões
foi o faturamento em 2017

70
são as lojas da marca

2.600
são os funcionários

 

Exportação contra o Aedes

A BR3, empresa de produtos químicos e de biotecnologia, obteve um registro para começar a exportar ao Peru uma pastilha que mata larvas do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue, da zika e da chikungunya.

O larvicida foi desenvolvido pelo laboratório de Farmanguinhos, da Fiocruz, e é colocado em locais onde pode haver acúmulo de ovas do inseto, como vasos e caixas d’água.

A tecnologia foi transferida para a fabricante após uma concorrência. A Farmanguinhos receberá royalties pelas vendas.

O produto já é comercializado no Brasil por meio de uma varejista farmacêutica, segundo Rodrigo Perez, presidente da BR3.

“É o começo, ainda vendemos pouco. Estamos aqui [no Brasil] e já fizemos uma primeira exportação em 2017 para o ministério da Saúde do Uruguai”, diz ele.

 

Melhora bem lentamente

A confiança do consumidor de São Paulo subiu 1% em agosto, na comparação com julho, segundo a FecomercioSP (federação do comércio). É a primeira alta do indicador após duas quedas consecutivas.

O índice, que vai de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo) chegou neste mês a 104,4 pontos.

“Não voltamos ao patamar anterior à greve dos caminhoneiros, mas os entrevistados notaram melhora em sua condição econômica atual. Isso se reflete nas vendas levemente em alta no varejo”, diz o economista da entidade, Fabio Pina.

As incertezas do cenário eleitoral frearam o ritmo da retomada do índice, afirma.

“A tendência é de estabilidade na confiança para os próximos meses até pelo menos o segundo turno [do pleito]. No fim do ano, poderemos ter altas mais vigorosas.”

 

Aporte... O Grupo IndEco, de gestão energética, montou um fundo de R$ 15 milhões para financiar projetos de indústrias e prestadoras de serviço ou para reforçar empresas que prestam um serviço similar.

...energético Os recursos, próprios, serão usados em projetos como iluminação, geração fotovoltaica e economia de água. A remuneração será por performance, e o grupo receberá uma fatia do valor economizado.

Pessimismo... Empresários e investidores do setor imobiliário reduziram sua disposição a investir no país, segundo o GRI Club, que reúne gestores de empresas do mercado e ouviu 225 executivos no Brasil.

...imobiliário Cerca de 58,2% dizem que planejam manter investimentos —a porcentagem era de 75,8% em fevereiro. Outros 35,1% afirmam que estão em compasso de espera, 15 pontos percentuais a mais que no início do ano.

 

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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