Naufrágio de balsa deixa mais de cem mortos em Mossul, no Iraque
Cerca de cem pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, morreram nesta quinta (21) em um naufrágio de uma balsa no Rio Tigre, em Mossul, no Iraque, durante a celebração da festa de Norouz, o Ano-Novo curdo.
O barco teria naufragado por causa do excesso de passageiros a bordo, afirmou um socorrista à agência AFP. Segundo ele, haveria mais de cem pessoas a bordo.
O acidente, o pior no país dos últimos anos, provocou comoção na cidade, que havia retomado há pouco tempo comemorações como o Norouz e outros passeios familiares pelas margens do rio, depois de passar mais de três anos sob o comando do grupo terrorista Estado Islâmico.
O primeiro-ministro iraquiano, Abdel Mahdi, foi até o local do acidente e declarou três dias de luto nacional, de acordo com uma emissora local.
O número de mortes têm subido nas últimas horas à medida que as forças de emergência localizam novos corpos.
De acordo com o ministro do Interior, 94 pessoas morreram e 55 foram resgatadas. Um balanço interior indicou 19 crianças e 33 mulheres entre as vítimas.
A balsa transportava famílias até o complexo turístico de Mossul, local tradicional para pic nics durante as comemorações do Ano-Novo curdo.
Nos últimos dias, choveu forte na região e as autoridades abriram eclusas para aliviar baixar o nível da água dos reservatórios próximos a Mossul. Elas alertaram o público para evitar as margens do Rio Tigre.
As equipes de resgate enfrentam dificuldades, já que grande parte dos hospitais e clínicas de Mossul foram destruídos durante a ocupação da cidade pelo grupo terrorista Estado Islâmico.