Número de multas de transporte de carga sobe 29% em 2018, mas arrecadação cai
O total de multas de transportes de carga no país cresceu 28,7% nos seis primeiros meses de 2018, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, segundo a ANTT (agência reguladora). A arrecadação, porém, caiu 12% no período.
O aumento do volume de autos, segundo o órgão, é reflexo da maior fiscalização eletrônica, com a instalação de mais sensores em locais de grande movimentação de caminhões neste ano.
Em dezembro, eram 39 pontos em rodovias. Agora, são 44, e a agência afirma que chegará aos 55 até o fim de agosto.
“Usamos sensores e câmeras posicionadas nas maiores vias de acesso ao país. O sistema é conectado ao banco de dados da ANTT e verifica em tempo real a situação de placas”, diz o gerente de fiscalização, Maurício Ameomo.
Outra medida é a colocação de chips eletrônicos em caminhões. O serviço de fiscalização tradicional, que ocorre por meio de blitze, continua.
A queda nos recursos arrecadados é parcialmente explicada pela paralisação dos caminhoneiros em maio, segundo Ameomo.
“As principais vias ficaram travadas por duas semanas, o que influenciou o dado. Tivemos também, contudo, um aumento no número de penalidades menos graves, o que afeta o resultado final”, afirma.
“Houve, ainda, queda nas infrações de transporte internacional no início do ano devido a um trabalho nas regiões de fronteira para alertar transportadoras sobre os principais motivos de autuações.”
Transportar carga com registro cassado ou vencido, evadir ou tentar burlar a fiscalização e prestar serviços sem a documentação exigida estão entre as principais irregularidades cometidas pelos motoristas, de acordo com a ANTT.
Mais caixas azuis
A rede de joalherias Tiffany & Co. vai inaugurar em setembro sua sexta loja no Brasil, no shopping JK Iguatemi, em São Paulo.
A abertura encerra, por ora, a expansão no país, segundo Luciano Rodembusch, vice-presidente sênior da marca para os EUA, Canadá e América Latina.
“O grande gargalo no Brasil é a logística. Ampliar demais a nossa capacidade não nos interessa”, afirma.
A empresa planeja ter um ecommerce no país, mas, devido à dificuldade de garantir a segurança das entregas, ainda não definiu um prazo, diz ele.
A grife vende atualmente alguns itens por telefone e os entrega em áreas selecionadas. “Fazemos de 5 a 10 televendas todos os dias em locais onde não há lojas.”
“Tivemos um momento turbulento no país há dois anos, mas crescemos dois dígitos em 2017 e estamos nesse ritmo em 2018.”
US$ 1 bilhão
(R$ 3,7 bi) foi a receita líquida global no 1º tri.
Setor óptico volta a ter queda no 1º semestre e rebaixa projeção
As vendas abaixo do esperado no primeiro semestre levaram a indústria óptica a reduzir suas expectativas para este ano.
O faturamento caiu 1% no acumulado de 12 meses até junho. A projeção inicial, de crescimento de 5% ao final de 2018, está descartada, diz Bento Alcoforado, presidente da Abióptica (associação que representa o setor).
“Ainda é possível que caminhemos de lado até o fim do ano, podemos ficar estagnados [em relação a 2017] ou com uma evolução mínima.”
Além da turbulência política, a alta do dólar afetou diretamente o setor, que depende de importações. O maior impacto ocorreu nas redes com menor fluxo de caixa, diz ele.
“Nosso mercado é muito pulverizado e, em períodos mais difíceis, óticas menores são mais prejudicadas”, Ronaldo Pereira, CEO da Óticas Carol.
“Este ano tem sido mais volátil. Como a maioria dos nossos franqueados tem mais de uma unidade, a tempestade não atinge todas de maneira uniforme. Na média, temos crescimento.”
As dificuldades das redes independentes têm aberto espaço para a atração de uma nova leva de franqueados, afirma Arione Diniz, presidente da Óticas Diniz.
“Aproveitamos que muitos pontos estão com desconto e abrimos lojas em lugares bons.”
Aéreo O aeroporto internacional de Porto Alegre teve uma queda de 8,8% em relação ao mês anterior, segundo a concessionária Fraport. O fluxo de passageiros ficou estável, com uma variação negativa de 0,8%.
Indústria A Sanfarma, fabricante de ataduras e itens de cuidados básicos, vai investir R$ 7,5 milhões neste ano para abrir um centro de distribuição no Nordeste e para aumentar suas linhas de produção.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas