Piso salarial de loja de pequeno porte será menor em SP

Os comerciários da cidade de São Paulo que trabalham em lojas de pequeno porte terão piso salarial inferior ao dos empregados no comércio de maior porte.

A decisão foi tomada em acordo coletivo entre o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a FecomercioSP, que representa os patrões.

Os pisos em empresas maiores serão de R$ 1.227 para faxineiro, office-boy, copeiro e empacotadores, de R$ 1.405 para empregados em geral e de R$ 1.648 para garantia do comissionista. Nas menores, serão de R$ 1.145, R$ 1.280 e de R$ 1. 498, respectivamente.

O salário menor já estava previsto em convenções anteriores, mas tinha como base o número de funcionários. Empresas com até dez profissionais pagavam menos.

Agora, para pagar o piso menor, o patrão deve fazer parte do Repis (Regime Especial de Piso Salarial), que abrange lojas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.

A convenção também definiu reajuste salarial de 4,4% para toda a categoria —um pouco acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 3,97% até setembro.

A expectativa do sindicato era ter um reajuste de 5%, o que chegou a ser anunciado, mas não se confirmou.

A convenção incluiu regras aprovadas na reforma trabalhista, como a jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso —desde que negociado com o sindicato da categoria— e o trabalho intermitente no comércio.

Foi acordado ainda que quem trabalhar domingos e feriados terá o acréscimo de três dias de descanso nas férias de forma compensatória.

A FecomercioSP afirmou, em nota, que a adoção desse sistema vai simplificar a gestão de escalas nas empresas.
 

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