Sem Doria, Skaf e França, 1º debate de SP tem críticas às gestões tucanas
Faltaram João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), líderes nas pesquisas de intenção de voto, e o governador Márcio França (PSB). Com isso, o debate entre os candidatos ao governo de São Paulo promovido pelo grupo Universidade Vai às Urnas, que reúne centros acadêmicos, nesta quarta (8) ficou morno.
Foi o primeiro encontro oficial entre os postulantes ao governo de São Paulo. Participaram do debate os candidatos Luíz Marinho (PT), Professora Lisete Arelaro (PSOL), Cláudio Fernando (PMN), Marcelo Cândido (PDT) e Rogerio Chequer (Novo).
Empatados nas pesquisas, Doria (PSDB) e Skaf (MDB) não confirmaram presença. O governador Márcio França cancelou sua participação pouco antes do início do debate, após ser convocado para uma reunião de emergência em razão de rebelião na penitenciária de Taubaté.
Os participantes aproveitaram para apresentar propostas de governo, discorrer sobre suas plataformas partidárias e citar os presenciáveis de seus partidos –caso de Cláudio com Marina Silva, Marinho com Lula e Cândido com Ciro Gomes.
O grande consenso: a desaprovação dos 24 anos de administração do PSDB no estado. O principal momento de embate de ideias ficou entre Chequer e Arelaro, que debateram sobre o papel de organizações sociais em gestão de hospitais públicos. O candidato do Novo é favorável às entidades, a do PSOL é contrária.
Os cinco candidatos defenderam cotas raciais em concursos públicos e a criação de programas estaduais de transferência. Chequer discordou dos outros quatro em temas como a gestão privada de presídios (é a favor) e de cobrança de mensalidade em universidades públicas (é a favor em caso de alunos de alta renda).
Entre as propostas que mencionaram, Fernando defendeu redução da carga tributária para gerar empregos e Chequer, a regionalização do tratamento dos recursos hídricos. Nos transportes, Cândido quer investir no transporte hidroviário, criando um anel hidroviário, e Marinho, construir duas linhas de trem intercidades e reformular as ferrovias, além da integração do transporte metropolitano em um único bilhete.
Segundo pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte)/MDA divulgada nesta quarta, Doria tem 16,4% das intenções de voto, seguido por Skaf com 16,2%. Márcio França (PSB) está em terceiro com 5%, empatado com Luiz Marinho (PT), com 4,8%. Atrás, vêm Lisete Arelaro (PSOL), com 2,8%. Os demais estão na casa de 1% ou não pontuaram. A pesquisa realizou 2.002 entrevistas, em 75 municípios de todas as regiões do estado, entre os dias 02 e 05 de agosto, com 95% de nível de confiança. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-05911/2018 e no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), SP-04729/2018. A margem de erro é de 2,2%.