Sindicatos querem reduzir idade mínima e ampliar tempo de transição da Nova Previdência
Trabalho de formiguinha Sindicalistas estão montando uma estratégia para tentar mudar o texto da reforma da Previdência na Câmara. A partir da próxima semana, assim que o projeto chegar na Casa, eles farão uma incursão nos gabinetes dos deputados para convencê-los a incluir emendas na proposta do Planalto. Já está certo que ao menos dois pontos serão defendidos pelo grupo: a diminuição da idade mínima, fixada por Jair Bolsonaro em 65 anos para homens e 62 para mulheres, e um prazo maior para a transição.
Verão passado Uma das principais preocupações do governo em relação à reforma é a força do lobby de entidades que representam servidores públicos. Integrantes do Planalto lembram que elas tiveram papel importante na formação da oposição ao projeto de Michel Temer.
De porta em porta Políticos e técnicos do governo com trânsito no funcionalismo vão fazer uma imersão nessas entidades para convencê-las a apoiar a reforma de Bolsonaro.
Teste de paternidade A ala do DEM que atua para fazer de Pedro Paulo (DEM-RJ) relator das mudanças nas regras de aposentadoria esbarra na resistência da cúpula do partido. Com Rodrigo Maia (DEM-RJ) alçado a fiador da proposta no Congresso, o grupo que resiste à ideia diz que emplacar um nome da sigla na relatoria faria eventual fracasso cair direto no colo da legenda.
Dobradinha Integrantes do PSL costuram um acordo de revezamento no comando da Comissão de Constituição e Justiça, que está reservado ao partido. Pelo desenho atual, o colegiado seria presidido por Felipe Francishini (PSL-PR) neste ano e, no seguinte, por Bia Kicis (PSL-DF).
Precaução O Senado disparou alerta na intranet da Casa sobre relatos de tentativas de golpes telefônicos contra senadores. Nas ligações, a outra pessoa se passa por parlamentar, alega dificuldades e pede dinheiro e depósito em banco.
Tem sua hora O governo de São Paulo quer esperar a aprovação do marco regulatório do saneamento, previsto em Medida Provisória que tramita no Congresso, antes de bater o martelo pela privatização ou capitalização da Sabesp. Integrantes da gestão de João Doria (SP) avaliam que o melhor para estatal é privatizá-la.
Que momento O Ministério Público Federal vai questionar a Agência Nacional de Mineração sobre a indicação do órgão de que vai mudar os parâmetros de medição da estabilidade de barragens. Em minuta de resolução que vai à consulta pública neste mês, a ANM reduziu de 1,5 para 1,3 o nível mínimo de fator de segurança que as estruturas devem ter.
Jogada casada Integrantes do MPF observam que, em documento da Vale de 2018, especialistas consultados pela empresa defendiam o fator de 1,3, como suficiente para atestar a estabilidade das barragens. A desconfiança de procuradores é a de que a ANM tenha alterado o índice para não considerar instáveis outras construções da mineradora.
Linha de corte Procuradores alegam que nem mesmo as barragens que têm índice de segurança de 1,5 ou mais estão afastadas de certos riscos e sustentam que não há porque diminuí-lo.
Chumbo trocado Pessoas próximas a Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) replicaram em redes bolsonaristas texto de uma simpatizante do escrito Olavo de Carvalho contra Gustavo Bebianno.
Chumbo trocado 2 A versão, que circulou neste fim de semana, insinua que Bebianno era um agente infiltrado que agia contra os interesses do governo, conspirando contra os filhos do presidente e vazando informações sensíveis à imprensa.
Covil Com a iminente queda de Bebianno, ala ligada ao clã Bolsonaro e simpatizante de Olavo de Carvalho trabalha contra a promoção do general Floriano Peixoto à Secretaria-Geral da Presidência. Esse grupo defende que o posto fique com o general Santos Cruz, hoje à frente da Secretaria de Governo.
TIROTEIO
Excluir a América Latina da formação dos diplomatas mostra desprezo pela região e coloca o Brasil de costas para a sua história
De Roberto Menezes, professor de relações internacionais da UnB, sobre o chanceler Ernesto Araújo ter tirado a região de curso no Rio Branco