'Tanto faz Trump, Hillary, Manuelzinho, aqui é a casa da democracia', diz Eunício sobre veto à imprensa
O presidente do Senado e do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE) afirmou que não haverá veto à entrada de repórteres no plenário da Câmara dos Deputados em 1º de janeiro, data da solenidade de posse de Jair Bolsonaro (PSL).
O senador, que é o responsável pela palavra final sobre a logística da posse no Congresso, afirmou que não há razão para tal restrição em um regime democrático.
"Enquanto eu for presidente, tanto faz [Donald] Trump, [George] Bush, Hillary [Clinton], Zezinho, Manuelzinho, aqui é a casa da democracia", afirmou na tarde desta terça-feira (6).
A pedido da segurança de Jair Bolsonaro, o Senado chegou a anunciar na segunda que jornalistas seriam impedidos de entrar na sessão solene que o Congresso realizou na manhã desta terça para celebrar os 30 anos da Constituição.
Momentos antes da sessão, porém, Eunício mandou a Polícia Legislativa abrir acesso dos repórteres.
Participaram da sessão, além de Eunício e Bolsonaro, o presidente Michel Temer e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
"Não tem por que [restringir o acesso da imprensa] numa democracia, e eu vou morrer democrata. Um regime democrático é quando todos participam e escolhem. Barrar a imprensa? A Constituição libertou o Brasil, trabalharam muito para libertar o Brasil de um outro momento. E em um momento em que se celebra a liberdade, não há motivo para evitar que a imprensa esteja presente. A imprensa é os olhos e ouvidos da sociedade. Então, dia 1º, a imprensa participará novamente", afirmou Eunício.
O senador não foi reeleito e deixará o Congresso em 31 de janeiro.