Vim ao Web Summit para… Participantes juntam tecnologia e turismo num saco onde cabem muitas nacionalidades

O Web Summit é o ponto de encontro de pessoas de várias nacionalidades, de várias idades e com objetivos diferentes. E se uns estão em Lisboa apenas pela conferência outros há que aproveitam o tempo que estão em Portugal para conhecer não só a capital como outras cidades.

Estamos habituados ao turismo, mas dificilmente se encontra em Lisboa uma mistura tão grande de nacionalidades como a que esta semana se reúne no Web Summit à volta da FIL e da Altice Arena, mas também pelas ruas da cidade, onde o networking é a palavra de ordem. E o Night Summit é o local certo para esta mistura que pode dar frutos (profissionais e não só).

Nas conferências, nos stands e à volta do Parque das Nações, o inglês é a língua franca, mas é fácil ouvir falar russo, chinês, italiano, francês, alemão, polaco, espanhol e muitas outras línguas, em conversas animadas. Diferentes hábitos, indumentárias e modos de estar, mas uma energia comum e uma paixão partilhada por tecnologia, inovação e empreendedorismo.

No SAPO TEK também fazemos networking, com os oradores, outros jornalistas e participantes, mas hoje decidimos partir à descoberta de mais histórias por detrás dos sorrisos e dos badges.

Oleksandra Sopovo (24 anos) veio de Oslo, onde trabalha na Microsoft, embora seja natural da Ucrânia, mas refere estar na Web Summit “a título pessoal”. A estadia em Lisboa vai ser ocupada maioritariamente com as conferencias. “Se tiver tempo irei visitar a cidade, mas a prioridade é mesmo a conferência”.

Da Eslováquia veio Simona Synkova (28 anos), que trabalha numa consultora, e cujo objetivo é “estabelecer contatos e conhecer novas tecnologias e soluções inovadoras”. “Como é a primeira vez que estou em Lisboa vou aproveitar para ficar a conhecer um pouco da cidade”.

Planos diferentes tem Matteo Furlan. Visitar Lisboa não consta na agenda do italiano de 36 anos. “A prioridade são as conferências da Web Summit. O que me trouxe cá foi conhecer novos softwares e conseguir perceber de que forma posso transpor essas novidades para a empresa onde trabalho”, refere. Workaholic ou simplesmente focado nos seus objetivos?

Luis Lévano veio do outro lado Atlântico, de Lima no Peru. O objetivo deste peruano que trabalha na área do marketing digital é “conhecer as novas tendências tecnológicas e contatar com start-up´s inovadoras, para poder levar esse conhecimento para o Peru”. Mas nem só de tecnologia de faz a sua passagem por Portugal. Luis aproveitou para passear por várias cidades e vilas do país, como Fátima e Óbidos.

Para o lituano Renat Zaicev, de 27 anos, a vinda ao Web Summit irá permitir-lhe “assistir a várias conversas interessantes sobre novas tecnologias”, mas também “visitar a cidade e arredores, como Sintra”.

A comunidade de brasileiros é uma das mais barulhentas, como frisa Paddy Cosgrave quando decide apelar em palco à presença de várias nacionalidades. Jussely Martins (42 anos) veio do Brasil com uma delegação de cerca de 180 pessoas, e tem aproveitado para “conhecer algumas empresas portuguesas como a Farfetch e a Uniplaces”. Durante o Web Summit o objetivo é “conhecer novas tecnologias e propostas inovadoras, que possa levar para o meu país. Aqui posso ficar a par do que de mais inovador se faz na Europa e mesmo no Mundo”. Quanto a visitar a cidade, refere que a delegação em que está integrada já foi a Fátima e que ainda irão tentar visitar Lisboa.

Para além da tecnologia, os participantes no Web Summit parecem ter em comum o gosto pela cidade, tanto ao nível da arquitetura e dos locais históricos como no que se refere à gastronomia. Pastéis de nata e peixe (não sabem bem qual) estão no top das referências, mas também o vinho e a cerveja, como não podia deixar de ser.

O Web Summit 2018 arrancou esta segunda-feira e vai prolongar-se até à próxima quinta-feira, dia 8 de novembro, com vários palcos a funcionarem, por onde vão passar centenas de oradores. Acompanhe tudo o que se passa com o SAPO TEK.

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