Trump diz que deve se encontrar novamente com Kim Jong-un, da Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (20) que "provavelmente" se reuniria novamente com o ditador norte-coreano Kim Jong-un e defendeu seus esforços para convencer Pyongyang a desistir de suas armas nucleares.

Trump disse acreditar que a Coreia do Norte tomou passos específicos para a desnuclearização, apesar de dúvidas em relação à disposição real do país de se desarmar. Em entrevista à agência Reuters, o republicano disse que "muitas coisas boas estão acontecendo" com a Coreia do Norte, mas reclamou que a China não estava ajudando no assunto por causa das disputas comerciais do país com os EUA.

O presidente americano fez uma reunião histórica com Kim em 12 de junho passado. "Eu impedi os testes nucleares [da Coreia do Norte]. Eu impedi os testes de mísseis. O Japão está feliz. O que vai acontecer? Quem sabe? Vamos ver", dise ele.

Trump descreveu o encontro em Singapura como um sucesso e chegou a dizer que a Coreia do Norte não era mais uma ameaça nuclear.

O "think tank" americano 38 North disse no mês passado que imagens de satélite indicavam que Pyongyang tinha começado a desmontar locais importantes na fabricação de mísseis balísticos. Mas membros da equipe americana que negocia com a Coreia do Norte dizem que não têm visto progresso em relação à desnuclearização.

Depois do encontro com Kim, Trump foi criticado por fazer muitas concessões a Kim, como suspender exercícios militares na região com a Coreia do Sul, recebendo pouco em troca.

Turquia

Trump também disse na entrevista que não deve fazer concessões à Turquia para que o país liberte um pastor americano detido.

O republicano disse que achou que tinha um acordo com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan  —em troca da libertação de um cidadão turco por Israel, Erdogan soltaria o pastor Andrew Brunson, acusado de envolvimento na tentativa de depor o presidente turco.

"Eu acho muito triste o que a Turquia está fazendo. Acho que estão cometendo um erro terrível. Não haverá concessões", disse o republicano.

A Turquia pede que os EUA entreguem o clérigo Fetullah Gülen, que também é suspeito de participar da tentativa de derrubar Erdogan.

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