Ao confirmar Ana Amélia como vice, Alckmin ressalta 'presença da mulher'
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, confirmou, nesta quinta (2), o nome da senadora gaúcha Ana Amélia como vice.
"Uma boa notícia, ela aceitou. É um gesto importante já que ela era candidata [ao Senado] e abriu mão de tentar a reeleição", disse o ex-governador de São Paulo em entrevista ao Central das Eleições, programa da GloboNews.
Ao chamá-la de "vice dos sonhos", Alckmin ressaltou presença da mulher na chapa, composto a partir de uma aliança com o centrão, bloco formado pelos partidos DEM, PP, PR, SD e PRB. "Quanto mais a mulher participar, ganha a sociedade. Era a melhor candidata a vice. Não tinha escolha melhor".
Formada em comunicação social pela PUC-RS, Ana Amélia trocou em 2010 a carreira de 40 anos de jornalismo para concorrer a uma vaga ao Senado pelo PP. A senadora é natural de Lagoa Vermelha (RS), e fez a maior parte de sua carreira como jornalista na RBS, empresa afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul.
Ao longo de seus oito anos no Senado, Ana Amélia apresentou 91 projetos de lei e 14 propostas de emenda à Constituição. Seis propostas apresentadas ou relatadas por ela se tornaram lei.
Além de Ana Amélia, a caça ao vice de Alckmin tinha outros três nomes: o do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), o do ex-ministro Aldo Rebelo (SD-SP) e o do empresário Josué Alencar (PR) —o filho do ex-vice presidente José Alencar, morto em 2011, era o mais cotado, mas rejeitou o convite na semana passada.
Durante a entrevista, ao falar sobre a aliança com o centrão, que tem políticos envolvidos em escândalos de corrupção, Alckmin afirmou que o acordo não visa apenas aumentar seu tempo no horário eleitoral da TV. "Todos [os partidos] tentaram, é que não conseguiram", disse o tucano.
"Nós estamos fazendo uma aliança em torno de um projeto. Se alguém cometeu algo ilícito, vai responder, a lei é para todos."
O presidenciável do PSDB também defendeu privatizações, mas negou que vá privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil, caso seja eleito. "Eu vou, sim, fazer privatizações e o governo não vai ficar mais fraco", disse.