Jornal apreendido cita salto patrimonial de Bolsonaro
Apreendido há uma semana na sede do SindipetroNF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), em Macaé, o jornal Brasil de Fato lembra que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não reagiu a um assalto em 1995, quando teve uma moto e um revólver roubados, porque se sentiu indefeso.
A Justiça Eleitoral recolheu, na noite do sábado (20), cerca de 30 mil exemplares dessa edição impressa do jornal "Brasil de Fato", produzido pela Frente Brasil Popular, mas a circulação em meio digital está mantida.
O jornal traz um comparativo das propostas dos dois candidatos à Presidência e o suposto envolvimento de Bolsonaro em casos de corrupção, além da evolução patrimonial do capitão reformado.
Quando entrou na política, diz o texto, Bolsonaro declarava ter um carro, uma moto e dois lotes avaliados em pouco mais de R$ 10 mil, em valores corrigidos.
Hoje, continua, “a família é dona de 13 imóveis, alcançando um valor de cerca de R$ 15 milhões, além de carros e R$ 1,7 milhão em aplicações financeiras”.
A seguir, alguns trechos.
DESVIO DE DINHEIRO
Em 2016, a imprensa brasileira revelou um esquema para desvio de dinheiro da hidroelétrica de Furnas, em Minas Gerais, durante a gestão de Aécio Neves como governador para abastecer campanhas políticas: a “lista de Furnas”.
Nessa lista de nomes que teriam participado do esquema aparece Jair Bolsonaro. Ele teria recebido R$ 50 mil em propinas. Uma perícia da Polícia Federal atestou que a lista é verdadeira.
LAVA-JATO
Umas das empresas financiadoras de Bolsonaro é a JBS, que está no centro das denúncias de corrupção na Operação Lava Jato.
O candidato recebeu R$ 200 mil da JBS para financiar sua campanha em 2014, quando ele foi reeleito deputado federal pelo Rio de Janeiro.
FRAUDE BILIONÁRIA
Um dos escândalos mais recentes envolvendo sua campanha é a acusação de que o já anunciado futuro ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, teria praticado corrupção envolvendo fundos de pensão. A Procuradoria da República no DF abriu no último dia 2/10 um procedimento investigativo criminal para apurar a suspeita. Guedes nega a acusação.
PATRIMÔNIO
Quando entrou na política, Bolsonaro declarava ter um carro, uma moto e dois lotes avaliados em pouco mais de R$ 10 mil, em valores corrigidos.
Vinte anos depois, em 2008, a família declarava à Justiça Eleitoral um patrimônio de cerca de R$ 1 milhão, que incluía três apartamentos.
Hoje a família é dona de 13 imóveis, alcançando um valor de cerca de R$ 15 milhões, além de carros e R$ 1,7 milhão em aplicações financeiras.