'Ninguém na América Latina defende tortura ou ditadura', diz Clóvis Rossi
Ao analisar a eleição de domingo e a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), o colunista da Folha Clóvis Rossi salientou que esta foi a primeira eleição em que os "nostálgicos" da ditadura tiveram coragem de pôr a cabeça de fora. "Em nenhum lugar da América Latina ninguém defende ditadura ou tortura", disse.
Sobre a polarização vista nesta eleição, o colunista lembrou que o Nordeste, onde Fernando Haddad venceu em quase todos estados --a exceção foi o Ceará--, representa apenas 25% do eleitorado do país, o que pode se mostrar um problema para o candidato petista no segundo turno.
Ao lado do também colunista Bruno Boghossian e da repórter Thais Bilenky, Rossi participou da terceira e última mesa de debates da TV Folha nesta segunda-feira (8) sobre as eleições. O encontro teve a mediação do repórter especial Fernando Canzian.
Por skype, de Nova York, a correspondente Danielle Brant também participou do encontro. Brant disse que conversou com vários analistas políticos nos EUA e que muitos veem bastante semelhança entre o presidente Donald Trump e o candidato Jair Bolsonaro.
A mesa fez parte da programação ao vivo promovida pela TV Folha neste domingo (7) e segunda-feira (8) para analisar as declarações e as perspectivas de possíveis composições partidárias que começarem a surgir no dia seguinte à eleição.